Angola condena sem provas três activistas de organização pacifista cabindesa
Estavam vinculados a umha organização pro-direitos humanos. Human Rights Watch acha que a sentência tenciona "silenciar" as vozes críticas contra o Estado Angolano.
Após oito meses presos, três activistas de Cabinda e um ex-polícia têm sido condenados a diferentes penas de prisão por parte de um tribunal angolano, acusados de terem participado no ataque contra a selecção de Togo durante a celebração da Copa da África de Futebol. São Raúl Tati, padre católico; Francisco Luemba, advogado; e Belchior Lanso Tati, professor universitário.
Os três condenados tinham estado vinculados com a principal organização pelos direitos humanos de Cabinda, Mpalabanda, que Angola baniu sob a acusação de seguir actividades separatistas.
A organização em defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) acha que as condenas dos três activistas e do ex-polícia –que vão dos três aos seis anos de prisão- tencionam "silenciar as críticas" em Cabinda e afirma que não há nenhuma prova para condenar os quatro homens. Ainda, HRW lembra que o ataque contra os futebolistas do Togo foi reivindicado pela Frente de Libertação do Enclave de Cabinda, e que os condenados não têm relação nenhuma com esta organização.
Também critica a sentência a Amnistia Internacional, organização que acha Raúl Tati e Francisco Luemba "presos de consciência" pelo seu compromisso com a procura de uma solução negociada e pacífica ao conflito de Cabinda. A entidade afirma que a legislação angolana em matéria de segurança estatal permite condenar de jeito arbitrário pessoas que não têm cometido nenhum crime.
Cabinda é um território separado fisicamente de Angola por uma faixa da República Democrática do Congo. O enclave, rico em petróleo, reclama independência, mas Angola nega que tenha direito a se separar.
Comentários
Por sua causa, fui ler sobre Angola, esse país bonito, tão rico em recursos naturais, com um povo sofrido que paga caro pela ganância dos mais poderosos e até de outros povos que se intrometem aí só pensando em tirar proveito.
Esse caso em particular é lamentável e espero que seja revisto de alguma forma e que inocentes não sejam usados em função dos interesses políticos e econômicos de uma minoria inescrupulosa e venal.
É a primeira vez que entro em contato com um angolano e fico feliz por isso. Espero que, através do seu blog, eu fique mais a par do que se passa por aí.
Qual a sua opinião sobre Cabinda? Você acha que é legítimo o desejo de independência deles?
Se quiser se corresponder comigo, meu e-mail é luanova.gtt@hotmail.com
Que vc tenha uma semana feliz, proveitosa e em paz.
Beijos.
vim do blog da minha amiga Hana conhecer o teu. Gostei muito do seu blog com conteúdo e que pude subtrair informações. Obrigada e parabéns pelo texto.
Carinhoso beijo.