Muitas igrejas, muitos problemas
Luís Fernando As religiões, que deveriam ser parceiros de cada um de nós na construção de uma sociedade pacífica e feliz, e também de cidadãos conscientes, solidários e respeitadores da vida e dos direitos de cada um, estão cada vez mais vestidas com a capa da insolência e do perigo para as famílias e para a sociedade. É assim nesta Angola de início do séc. XXI. A coisa vem, no entanto, do século passado. É estranho que em nome do mesmo Cristo proliferem igrejas aos milhares, algumas confinadas a uma garagem ou armazém, mas todas elas dizendo-se baseadas na mesma Bíblia. Cada uma delas com uma particularidade que a diferencia das outras. Se umas proíbem os fiéis de comer carne de porco, outras proíbem-nos de aceitar sangue doado. Há as que rezam cultos apenas depois da meia-noite, há as que impõem a cor das roupas, etc. todas elas se sustentam com os dinheiros dos fiéis, ou melhor, os seus pastores e bispos. Há famílias que perderam os bens, não em nome da fé ou...