11 de Março é somente uma memória inevitável!
A 11 de março de 2016, deocrria o
jogo entre o Chelsea de Inglaterra e Paris Santi-Germain (PSG) de França,
referente à passagem aos quartos de final da Liga dos clubes campões da Europa.
É Quarta-Feira, 20:45, começa a bem esperada partida de futebeol entre gigantes
da Europa. De repente entre o sétimo e oitavo, um silêncio visual toma conta
televesivão, resta-nos tão somente o ruído como anúncio um da queda do sinal da
rede televisiva multichoice. Ao ruído televisivo, se junta à agressividade do
som da ventania cuja direcção não consigo precisar. Minutos seguintes, abrem-se
as comportas e uma chuva torrencial toma conta da cidade do Lobito. Não
diferentes dos outros dias, se segue um blackout. Estamos às escuras e a chuva
continua a cair sem trégua alguma.
Ao meio da chuva, uma corrente de
água já mais vista vinda do Akongo toma conta da parte fronatal do Estádio do
Buraco. Na verdade não era somente uma corrente de águas, pois a mesma corrente
carregava consigo várias viaturas entre ligeiras e pesadas, móveis, gritos de
pessoas clamando por socorro, era de facto um cenário aterrorizador.
Marcava-se o incidente
catastrófico e singular para os municípios do Lobito e Catumbela, afectando
muito profundamente os bairros da Liro, Boa Vista, Alto Esperança, Akongo e o
Vikundu.
Restabece-se o sinal televisivo
e, coincidindo com o começo da segunda parte da partida. Tinha cessado a chuva
e começava a contagem com arespectiva identificação dos corpos. A Rotunda do
Kassequel(Kero) foi o lugar onde os corpos estavam expostos. Ainda haviam
viaturas submersas nas águas que ficaram intactas no troço Catumbela – Caponte
da estrada nº 100, até depois da 1H00 da manha, momento em que o caudal terá
começado a baixar.
Pelo menos as notícias oficiais
apontaram para 71 mortos, entre eles, acima de 40% era criança.
Várias casas devastadas, e os
escombros passaram desde aquele momento a fazer parte do figurino de bairros
afectados.
Hoje, assinala-se o primeiro 11
de Março desde aquele trágico acontecimento que ficará, com certeza, na memória
de muitos lobitnagas.
Para desfarsar o tráuma, pelo
menos no Akongo, os moradores tratam com muita sátira aquela chuva de “Ndunde”,
mas é só o céu escurecer e deixar claro os indícios da chuva para o pânico se
instalar entre os moradores.
É somente uma memória inevitável!
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