Estrelas" continentais exibem-se em palcos angolanos
Benguela - Pela primeira vez no seu historial o país reúne, a partir de hoje, dezenas de “estrelas” do futebol africano com o propósito único de lutar pela conquista do maior troféu da modalidade a nível do continente.
Atletas de referência de várias zonas do continente (16 selecções participam do torneio) terão a difícil e “inevitável” tarefa de rivalizar, em quatro estádios modernos (construído para a prova), procurando cumprir os objectivos da sua presença, em particular, e das respectivas selecções em solo angolano na 27ª da Taça de África das Nações.
Os adeptos do futebol certamente terão os olhos postos em jogadores como o ivoiriense Didier Drogba, o ghanense Michael Essien, o camaronês Samuel Eto’o (melhor marcador da história dos CAN com 16 tentos); o nigeriano Obafemi Martins; o egípcio Mohamed Zidan; o maliano Frederic Kanoté e o togolês Emanuel Adebayor, que constituem as principais referências. Mas o CAN não se resumirá a esses, pois tem ainda atletas que despontam nos mais variados campeonatos europeus, e não só, como Seydou Keita (Barcelona), os irmãos Kolo e Yaya Toure (Manchester City e Barcelona), Diara e o guarda-redes Kameni (Espanhol de Barcelona).
O veterano Kanu e jovens talentos, alguns em afirmação e outros ainda promissores, como o camaronês Alexandre Song, de 22 anos de idade, médio defensivo do Arsenal da Inglaterra, André Ayew (20 anos, Ghana) que actua no AC Arles-Avignon de França, Dominic Adiyiah (20 anos, Ghana), Ahmed Al Muhammadi (22 anos) do ENNPI do Egipto) e os anfitriões Djalma Campos, do Marítimo de Portugal e Job, do Petro de Luanda (ambos com 22 anos de idade) farão igualmente parte da maior competição do futebol africano em solo angolano.
Cientes das responsabilidades que pesam sobre si e das dificuldades a encontrar, os atletas supra-citados, e outros, terão que se empenhar para, em apenas três jornadas, ajudar as suas selecções a garantirem continuidade na prova. Equipas há que “se contentam” a traçar como meta os quartos-de-final, algumas almejam qualquer um dos três lugares do pódio, enquanto outras não hesitam em afirmar que, em alta competição, apenas o título interessa.
Se por um lado a presença em palcos nacionais de tantas estrelas anima os adeptos locais, por outro pode-se considerar que constitui motivo de profunda reflexão sobre aquilo que será o desfecho do campeonato, uma vez que “velhos ditados teóricos” atribuem favoritismo a conjuntos aparentemente mais bem “alimentados” em termos de valores futebolísticos, ou seja, atletas.
Nesta linha de pensamento, há ainda o factor “casa”, que em situações do género é tido como “chave”, mas, em muitos casos sem sucesso, pois em 2008, na 26ª edição, no Ghana, craques como Muntari, Agogou, Essien e Happya actuaram no seu território, o público muito puxou, mas não foram capazes de levar a selecção além do quarto lugar.
Manucho Gonçalves, Flávio Amado, Pedro Mantorras e companhia são as estrelas” que farão esta noite, a partir das 20:00, as honras da “casa” a Kanoute, Diara e Seydou Keyta, lançando o desafio de Angola fazer melhor, ou pelo menos igual, em relação a última edição, onde chegou quartos-de-final.
Até ao último dia deste mês o futebol africano vai dominar o dia-a-dia dos angolanos e visitantes.
O Egipto, campeão em título, terá tarefa bastante difícil para manter o troféu após a prova em terras dos “Palancas Negras”, sendo que a apetência anda a volta de candidatos como Cote d’Ivoire, Camarões, Nigéria e Ghana. Angola, embora não tenha se pronunciado de forma muito clara quanto ao título, pode também ser
incluída entre os candidatos.
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