Estratégias de combate à Sida fracassaram e muito dinheiro foi despendido
Dados da Organização das Nações Unidas para o Combate ao Sida (ONUSIDA) revelam que de algum tempo a esta parte, o número de criança vivendo com o vírus do HIV aumentou oito vezes no mundo, desde 1990.
Aponta-se que em todo o mundo, de 2000 a princípios de 2007, dois milhões de crianças viviam infectados pelo flagelo. Deste universo, 90 por cento de crianças pertencem à região da África sub-sahariana.
Enquanto isso, o relatório da ONUSIDA, intitulado "verdades que perturbam, enfrentando os factos sobre a criança, Sida e pobreza", documenta que ainda em 2007, mais 370 mil novas crianças foram infectadas pelo HIV. De 2000 até 2007, 270 mil crianças tinham morrido.
A ONUSIDA manifesta-se preocupada com o facto de ter havido tantos esforços de governos e organizações não governamentais nos países onde o vírus da Sida continua a ceifar vidas humanas, mas que fracassaram ao longo desses anos todos.
Perante a situação, a organização diz que as entidades que lidam com assuntos da Sida e seus parceiros fracassaram devido a alguns equívocos na implementação de algumas estratégias, pois as necessidades foram e têm sido maiores que a capacidade de resposta à doença. "Esforços bem intencionados, mas mal orientados, drenaram recursos que poderiam ter sido investidos em abordagens mais eficazes", vaticina o relatório.
Peter Bell e Agnès Binagwaho, na qualidade de redactores do "Relatório Final da Iniciativa Conjunta de Estudo sobre HIV/SIDA a Criança (JLICA), no mundo", afirmam que "a resposta para as crianças afectadas por HIV/Sida continua aquém daquela que deveria ter sido alcançada. Há que haver uma mudança radical na abordagem de questões da Sida e que estenda o apoio e os serviços a todas as crianças necessitadas. E construir-se programas e políticas que apoiem as famílias e redes comunitárias no amparo dessas crianças".
Aqueles redactores afirmam que essa situação faz com que, actualmente, "as famílias e as comunidade pobres continuem a arcar com aproximadamente 90 porcento do custo financeiro da resposta ao impacto do HIV/Sida nas crianças".
Todavia, segundo o relatório uma lição foi aprendida ao longo dos anos: a necessidade de se empoderar as famílias já que, de acordo com os pesquisadores, a existência de "famílias fortes e capazes deve ser a base de qualquer resposta a longo prazo para a criança afectada pela Sida" quando "as famílias vivendo em áreas duramente atingidas enfrentam hoje uma erosão na sua capacidade de adaptação devido ao impacto da Sida, da pobreza e da insegurança alimentar – três principais inimigos do desenvolvimento integral".
Num outro desenvolvimento, o relatório refere que apesar dos números assustadores reportados, "as taxas de prevalência de HIV estão se estabilizando e iniciaram mesmo a diminuir em países duramente afectados". Contudo, os pesquisadores apontam a necessidade de o mundo permanecer cauteloso, pois a epidemia está longe de ser vencida. "O sentimento de uma crise aguda está a revelar-se um fenómeno de longo curso que testará a capacidade de superação de comunidades e de governos nas próximas décadas", refere o relatório que estamos a citar.
Caso contrário, no futuro "muitas outras gerações crescerão com o HIV/Sida. A solução primordial e peremptória é a prevenção combativa. O acesso universal a serviços e apoio contra o HIV/Sida deve ser combinado com a agenda de protecção social para se enfrentar os efeitos da epidemia".
No capítulo de financiamento às políticas da Sida, o grupo considera, entre vários aspectos, que "a instabilidade financeira também pode afectar o fluxo de recursos para a saúde e desenvolvimento de acções mais determinadas".
Aponta-se que em todo o mundo, de 2000 a princípios de 2007, dois milhões de crianças viviam infectados pelo flagelo. Deste universo, 90 por cento de crianças pertencem à região da África sub-sahariana.
Enquanto isso, o relatório da ONUSIDA, intitulado "verdades que perturbam, enfrentando os factos sobre a criança, Sida e pobreza", documenta que ainda em 2007, mais 370 mil novas crianças foram infectadas pelo HIV. De 2000 até 2007, 270 mil crianças tinham morrido.
A ONUSIDA manifesta-se preocupada com o facto de ter havido tantos esforços de governos e organizações não governamentais nos países onde o vírus da Sida continua a ceifar vidas humanas, mas que fracassaram ao longo desses anos todos.
Perante a situação, a organização diz que as entidades que lidam com assuntos da Sida e seus parceiros fracassaram devido a alguns equívocos na implementação de algumas estratégias, pois as necessidades foram e têm sido maiores que a capacidade de resposta à doença. "Esforços bem intencionados, mas mal orientados, drenaram recursos que poderiam ter sido investidos em abordagens mais eficazes", vaticina o relatório.
Peter Bell e Agnès Binagwaho, na qualidade de redactores do "Relatório Final da Iniciativa Conjunta de Estudo sobre HIV/SIDA a Criança (JLICA), no mundo", afirmam que "a resposta para as crianças afectadas por HIV/Sida continua aquém daquela que deveria ter sido alcançada. Há que haver uma mudança radical na abordagem de questões da Sida e que estenda o apoio e os serviços a todas as crianças necessitadas. E construir-se programas e políticas que apoiem as famílias e redes comunitárias no amparo dessas crianças".
Aqueles redactores afirmam que essa situação faz com que, actualmente, "as famílias e as comunidade pobres continuem a arcar com aproximadamente 90 porcento do custo financeiro da resposta ao impacto do HIV/Sida nas crianças".
Todavia, segundo o relatório uma lição foi aprendida ao longo dos anos: a necessidade de se empoderar as famílias já que, de acordo com os pesquisadores, a existência de "famílias fortes e capazes deve ser a base de qualquer resposta a longo prazo para a criança afectada pela Sida" quando "as famílias vivendo em áreas duramente atingidas enfrentam hoje uma erosão na sua capacidade de adaptação devido ao impacto da Sida, da pobreza e da insegurança alimentar – três principais inimigos do desenvolvimento integral".
Num outro desenvolvimento, o relatório refere que apesar dos números assustadores reportados, "as taxas de prevalência de HIV estão se estabilizando e iniciaram mesmo a diminuir em países duramente afectados". Contudo, os pesquisadores apontam a necessidade de o mundo permanecer cauteloso, pois a epidemia está longe de ser vencida. "O sentimento de uma crise aguda está a revelar-se um fenómeno de longo curso que testará a capacidade de superação de comunidades e de governos nas próximas décadas", refere o relatório que estamos a citar.
Caso contrário, no futuro "muitas outras gerações crescerão com o HIV/Sida. A solução primordial e peremptória é a prevenção combativa. O acesso universal a serviços e apoio contra o HIV/Sida deve ser combinado com a agenda de protecção social para se enfrentar os efeitos da epidemia".
No capítulo de financiamento às políticas da Sida, o grupo considera, entre vários aspectos, que "a instabilidade financeira também pode afectar o fluxo de recursos para a saúde e desenvolvimento de acções mais determinadas".
Comentários
abraços
de luz e paz
Hugo
Forte e amigo Kandando.
Beijos em teu coração.