Coordenador Executivo da AJS, diz que o Director do Jornal de Angola foi Abusado e Controverso nas Suas Afirmações



Minha reação ao editorial do Director do Jornal de Angola, José Ribeiro, com o título Mensagem de harmonia expressa em dia de Natal”, datado em 25 de Dezembro de 2016.

 

Percebo a grande dificuldade que muitos angolanos, entre governantes e gestores públicos têm em diferenciarem a sua casa(lar) da nação(país, pátria), por isso ser constantes e recorrentes os episódios em que os bens públicos são maltratados e muitas vezes usado contra os próprios angolanos, assim como o Senhor Director José Ribeiro o fez nesse seu editorial do “Jornal de Angola”, propriedade de todos os angolanos, naturais ou com naturalidades adquiridas.

 

A forma abusada e controversa como faz o uso da palavra “harmonia” constitui uma demonstração clara em como não respeita os angolanos. No seu discurso, Senhor Director, sente-se uma desarmonia tão grande e completamente contrária ao que nós(alguns) angolanos temos vindo a conservar: a paz, a identidade, a dignidade e a fraternidade. Omitir ou negar a nacionalidade de seu irmão angolano, no caso Luaty Beirão, pelo facto de encontrarem-se em desacordos na forma como cada um aprecia o país e a sua respectiva gestão, não é seu direito. Pior ainda, o senhor o faz num meio público e estatal a que aquele seu irmão goza dos mesmos direitos que o Senhor, enquanto angolanos.

Relembrar incidentes trágicos, conflituosos que afectaram vários angolanos e cujos tratamentos e formas de resolução não representaram consensos, de modo algum deva servir de prenda para os angolanos em um dia suposto ser da família.

Acha que tem mantido a paz em Angola com essa sua tendência discriminatória?

Sugiro-lhe, caro Director que nas próximas vezes que quiser emitir sua opnião contra o povo angolano, não use mais o dinheiro do Estado angolano.

2016 está a ser um ano de grandes dificuldades económicas e financeiras. Houve sucessivos atrasos salariais, o décimo terceiro foi fatiado em cinco parcelas(pelo menos aos funcionários públicos e estatais), o desemprego aumentou significativamente entre os jovens e não só, inúmeros angolanos e angolanas cancelaram os seus estudos, as doenças ceifaram vidas de muitos angolanos. Portanto, os angolanos, alguns, talvés como o senhor Director, precisamos de palavras consoladoras que transmitam esperança e segurança em dias melhores. Precisamos de mentes dispostas em pensar o crescimento e o desenvolvimento dessa imensa Angola e não de mentes rancorosas.

Finalmente, Senhor Director do Jornal de Angola, Jornal Público e Estatal, José Ribeiro ainda vai a tempo de retratar o seu editorial, simplesmente seria a demonstração de que se importa, zela e respeita o povo angolano.

 

Angola – Dezembro 2016

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