Quando o petrólio acabar o povo de Cabinda tem que sobreviver


O activista angolano Elias Isac participou na assembleia-geral da Chevron, onde pressionou os responsáveis da petrolífera para porem termo à poluição do Mar de Cabinda. Isac disse à Voz da América que saiu da reunião com algum optimismo.
Há muito que ambientalistas e pescadores se queixam: os derrames de petróleo do Mar de Cabinda estão a destruir o pescado e a Chevron não está a fazer o suficiente para resolver o problema.
Pela segunda vez consecutiva, Elias Isac, da organização Open Society de Angola, foi à reunião magna dos accionistas, que este ano se realizou em São Francisco.
"Vim aqui trazer petição dos pescadores de Cabinda que apelam à Chevron para ter um comportamento mais responsável", disse acrescentando que "o povo não tem meios de sobrevivência porque as águas de Cabinda estão cada vez mais poluídas" Fez questão de frisar que "não há pescado e as pessoas estão mais empobrecidas" devido à poluição decorrente da exploração de petróleo.
Elias Isac prosseguiu a dizer que não está a pedir o impossível, mas apenas a insistir que "há necessidade de a Chevron procurar alternativas de longo prazo para que, quando o petrólo acabar, as populações possam continuar a viver em Cabinda".
Isac disse que está mais optimista este ano quanto ao sucesso do seu apelo, visto que, para além das organizações não governamentais, outros accionistas da empresa se interessaram pelo caso e pediram contas à direcção da Chevron.
"Acreditamos que a Chevron pode fazer melhor, mas os executivos da empresa estão mais interessados em fazer dinheiro do que no prejuízo das populações", disse.
Concluiu afriando que prova disso é o dinheiro que a Chevron gasta em campanhas de relações públicas quando essa verba seria mais bem aplicada no terreno em benefício das populações.


Foto: Armando Chicoca - Pescadores.

Comentários

Olá Florentino! Passando para te cumprimentar e apreciar este belo e bem coordenado texto.

Abraços e muita paz pra ti e para os teus.

Furtado.

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